quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A desconstrução do Caráter

Sempre empurro garganta abaixo notificações da minha vida no leitor, eis aqui mais uma: sou apaixonada por música. A música cria em mim, leitores, um poderoso paradoxo barroco: ao mesmo tempo em que me traz paz, ela me traz guerra.
A saber, o meu estilo musical é bastante diversificado e que entre os meus queridinhos estão: Sergio Lopes, João Alexandre, Fruto sagrado, Jaci Velasquez, Alex Campos et all, hoje postarei uma inferência (minha, é claro) de uma música que sempre que escuto me sensibiliza a pensar a que pé está a involução humana e no tanto que ainda temos que aprender. A música em questão é do Fruto Sagrado e é interpretada por Marcão (Fruto Sagrado) e João Alexandre.

O Sangue de Abel

Perdoa-nos, ó Deus! Somos muitos e muitos e muitos
Semeando mais o mal do que o bem
Perdoa-nos, ó Deus! Pois o mal que semeamos
Tem se virado implacavelmente contra nós
Perdoa o sangue derramado
Sobre a terra desde Abel

Perdoa-nos, ó Deus!
Perdoa-nos... perdão.
Perdoa-nos, oh, Deus! Somos muitos e muitos e muitos
Semeando mais o mal do que o bem
Perdoa-nos, oh, Deus! Pois o mal que semeamos
Tem se virado implacavelmente contra nós

Perdoa-nos, ó Deus!
Perdoa-nos... perdão.

Perdoa o sangue derramado
Sobre a terra desde Abel
Junte, ó Deus, nossos ossos secos
Sopra a vida mais uma vez

Perdoa-nos, ó Deus!
Perdoa-nos... perdão.

Nos perdoe, ó Deus
Pelo imperialismo, o nazismo, o comunismo,
O capital selvagem, impiedoso, inescrupuloso
A escravidão... a religião...
Sempre querendo te domesticar
Te encaixotar, te fazer de empregadinho
Perdão, por tanto fariseu se dizendo filho teu
Que não convenceu, que só dividiu
Levando muita gente boa pro covil
Nos perdoe, ó Deus, pelo terrorismo
O holocausto, a pornografia, a pedofilia
A mentira! O dinheiro mal adquirido e mal repartido
A discriminação racial, social, irracional...
Nos perdoe, ó Deus!



“Quem semeia a maldade colhe a desgraça e será castigado pelo próprio ódio” sábias palavras de Salomão. Eis o problema da humanidade: na maioria das vezes ela quer se esquivar na hora de colher o que plantou. A humanidade vive numa era de incertezas, na qual fazer o mal parece ser melhor e mais bem sucedido do que fazer o bem; admitir o erro parece causar comixões tão terríveis quanto a praga dos piolhos; e reconhecer o perdão, então, nem pensar!
Desde que me entendo por gente o mundo é assim. E por que? Será não existir idealistas utópicos para tentar nos livrar dessa situação? E mais uma vez a resposta me vem: Pra fazer diferença, não basta ser diferente, tem-se é que viver essa diferença, por que discurso não muda a história e sim ação. Temos mesmo é que lembrar que fomos criados para darmos frutos, bons frutos, e que a mudança necessita, antes de tudo, de um reconhecimento do erro e como conseqüência do reconhecimento um pedido de perdão bem verdadeiro. Depois devemos reaprender a nos alegrar com os que cantam, chorar com os que choram, a repartir o pão. Aí sim, não andando mais pela contramão, poderemos apontar o caminho.
Fazendo isso enxergaremos que a vida, presente de Deus, é mais do que um fardo a carregar.

Um comentário:

  1. Olá, sou uma amiga de Cleiciane e ela me mostrou seu blog, que por sinal, está maravilhoso...
    Amooo essa música de Fruto... ^^ Linda mesmoo!!
    Fica na Paz, Vanessa!! =)

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