sábado, 11 de setembro de 2010

Caim: Saramago com muita coisa para pensar...


Caim, livro escrito por José Saramago, escritor português que acaba de ir para ao lado sobrenatural da vida, é um passeio pelo velho testamento do personagem, de mesmo nome do livro.
Meu olhar crítico não pode negar a grandiosidade do escritor, que com maestria conduziu a pena, e então, a obra se fez. Cada capítulo do livro é, distintamente, fascinante. Escrito num estilo próprio, Caim é uma proposta de mostrar acontecimentos do Velho Testamento sob a ótica de seu personagem principal.
Repleto de diálogos, insultos, de Caim com o Senhor, Saramago passa o livro todo tentando provar, com cada situação vivenciada por Caim, que Deus é, na verdade, maligno, mesquinho, egoísta e que as pessoas que o amam, estão apenas perdendo seu tempo, pois ele não retribui.
O livro possui um tipo de descrição que leva o leitor a uma visualização minuciosa dos acontecimentos vivenciados por Caim. Assim, e por isso, o livro de narrativa curta, é considerado uma excelente obra pela crítica.
Agora, numa outra perspectiva, a de cristã que sou, o livro é um choque. Ler, algo como: "O lógico, o natural, o simplesmente humano seria que abraão tivesse mandado o senhor à merda (…)" é para deixar qualquer cristão com uma raivinha no coraçãozinho. Não nego que, mesmo me encantando, o livro também me causou repúdio; mesmo me dixando irritada algumas vezes, não conseguia parar de ler. Queria saber o final.
O livro, digo e repito, não conseguiu abalar minha fé e esperança de um dia ver Jesus/Deus como ele é. E para mim o livro não passa apenas de uma ficção refinada e maravilhosamente escrita.
Então fica a dica: indico a você, caro amigo leitor, leia-o. Tanto para ficar à par de mais uma obra literária muito boa, quanto para teres uma impressão própria do que foi dito aqui.

Um comentário:

  1. Muito bom, ter fé em Deus não é necessariamente ser fundamentalista. Podemos, olhar, observar, tecer opiniões, tocar, sentir, e depois de tudo, saber que Deus existe e esperar sua volta. Literatura nenhuma pode afastar-nos da Verdade. Logo a Verdade, não quer nem exige que nos afastemos de qualquer coisa que não seja a morte provocada por nós mesmos.

    www.barraconobairro.com.br

    ResponderExcluir